quinta-feira, 21 de julho de 2011

Pai, vai com Deus!

' Que dor meu Deus, uma dor que não consigo descrever. Quando me separei senti uma dos tão forte que achei que não teria dor pior que aquela, mas infelizmente a dor de perder meu pai foi, com certeza, a pior dor da minha vida.
Meu pai é o maior exemplo que tenho na minha vida, quando ele amava, amava, nunca foi de meias palavras, nem de amar pela metade, dava com uma mão e nunca deixava que a outra visse. Honesto sem igual, sonhador, bravo (muito bravo), lembro dos castigos e das palmadas que levei, mas era amorosissimo daria a vida pela familia. Um pai sem igual, um sogro tão maravilhoso que ontem seus genros choraram a morte de um pai. Ele sempre foi louco pelo meu (ex) marido, tinha verdadeira adoração, assim como Neto tinha por ele, quando me separei meu pai sofreu tanto, ou até mais, que eu, pelo amor que ele tinha por Neto, e Neto ontem estava lá, chorando, sofrendo, e posso dizer que durante esses seis meses de separação ontem quando ele chegou de madrugada na casa dos meus pais eu reconheci o Neto que amei e os sentimentos que eram verdadeiros e sinceros. Os cuidados comigo, meu Deus, fez eu voltar ao passado, aquele sim, foi o homem com quem fui casada 23 anos. Minha filha Thaty, me falou duas coisas esses dias que me marcaram muito, a primeira foi na terça, ela disse: "Mainha, painho ligou pra saber de vô, falou dele e da senhora com tanto amor que eu pensei esse é meu pai, e tive vontade de dizer, fica pai, não vá embora não, porque esse é o pai que sempre tive." E a outra: " Perdi um pai pra vida e outro pra morte." E hoje, filhota, posso te dizer: "Perdeu não, seu pai ta vivo, escolheu outro caminho, mas tá vivo e isso que importa." Ontem vimos o amor dele e sabemos que esse amor tá escondido no peito, e por mais que ele tente esconder, ele existe e é verdadeiro, e não é uma novidade, um fetiche, é AMOR!
Pra mim, ao enterrar meu pai ontem, enterrei junto com ele um ciclo da minha vida, o que vivi até ontem ficou ali, enterrado com meu pai, senti sim o amor de Neto, os cuidados que ele me deu nesses 23 anos, sempre me dizendo que eu era a pessoa mais importante da casa, senti isso tudo ontem, mas numa hora que a dor destroi meu coração, e que mesmo sentindo todo o amor da parte dele, não mudou em nada o que sinto, não consigo olhar pra ele e não ver tudo que passei por ele. O choro do meu pai, quando me disse que antes achava que podia morrer em paz, porque eu tinha Neto, mas agora não queria mais morrer. Ouvir aquilo do meu pai, pra mim foi a coisa mais linda, e ele esteve comigo em todos os momentos dificeis que passei ao longo da minha separação. Meu pai, foi avô, foi pai pra os meus filhos e tinha uma preocupação comigo fora do comum, sou a filha mais velha de 3 filhos, mas ele sempre me tratou como a caçula, a que não pode sofrer, a que tem que ser protegida, acho que por minha irmã caçula ser tão forte, ela parece ser mais velha e outra hora vou falar dessa irmã que eu já adimirava e depois de todos esses acontecimentos passei a admira-la ainda mais.
Enfim, meu pai, Genivaldo Ferreira da Silva, foi e sempre vai ser o meu maior exemplo de vida, amor e honestidade, vai me fazer uma falta terrivel. Sei que não vai ser facil, mais vou mostrar a ele que a menina cresceu, e que sou uma mulher, e ou eu viro uma predadora ou vou ser caça, e prefiro ser uma predadora da minha vida. O que vive até ontem morreu junto com o meu pai, e como uma Fenix, apesar da imensa dor que sinto hoje, vou renascer das cinzas.
- Pai, te amo e te amarei sempre, Fica com Deus!  



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